sábado, 5 de março de 2011

Realismo x Realidade

Precisei de um puxão de orelha pra voltar a me dedicar a este espaço aqui – falta de tempo, sempre ele – mas foi só dar uma olhada no que já foi publicado aqui para eu me animar de novo. Pode não ser o blog mais popular da turma, mas é mais do que digno de orgulho! (Mas também, que mãe não acha seu filho o mais bonito?)


Merci, mon cheri ami!, por toda a sua contribuição!

Não me perguntem de onde eu tirei, de quem é o projeto ou qualquer outra informação. Recebi essas imagens por e-mail, encaminhadas de um amigo do amigo do amigo. Sem legendas.

UPDATE: Camille me passou os nomes dos escritórios responsáveis pelos projetos:
BCMF Arquitetos : Belo Horizonte-MG (Pan 2007, Copa de 2014, Olimpíadas 2016)
Lumo Arquitetura : Barra da Tijuca-RJ
Domus Arquitetos Associados


BCMF Arquitetos


BCMF Arquitetos





BCMF Arquitetos


BCMF Arquitetos


BCMF Arquitetos


Lumo Arquitetura


Total marido-traído-feelings. Realmente não foi divulgada informação nenhuma sobre os projetos para as Olimpíadas ou sou eu que ando completamente alienada do que acontece no Rio?

As imagens me assustaram e muito. Acho que qualquer intenção projetual passou longe, e o que ficou foi a exaltação da superficialidade da “perspectiva artística”.
Às vezes acho que para ser arquiteto hoje em dia tudo o que você precisa é saber modelar, renderizar e photoshopar, já que a única coisa levada em conta nos projetos é sua aparência final.

E muito provavelmente esse é um problema global... Na recente palestra de Ole Gustavsen (do escritório norueguês Snøhetta) no CAU-RJ o que se viu foram muitos renders, em imagens ou em vídeos, e nada de questões como fluxos, integração com o local, materiais, construtividade, espacialidade – todo aquele complexo emaranhado que é o que faz a arquitetura ser tão interessante. Uma pena.

Valorizando tanto assim uma representação “fotorrealística”, a arquitetura em si é relegada a segundo plano. As perspectivas feitas para concursos atualmente são muito mais divulgadas do que imagens da obra construída. Muitas vezes a noção de escala humana é completamente sublimada, resultando em construções anômalas como a ampliação da Assembléia Legislativa de Alagoas ou o Centro de Convenções da Cidade Nova, no Rio.

Daqui a pouco a Pixar vai descobrir esse mercado...

2 comentários:

Camille B. terça-feira, março 08, 2011  

Mas o que mais me escandaliza nessa história toda, é o adiamento da divulgação do concurso. Na minha época, isso se chamava torta na cara !

Maria DuDu sexta-feira, março 11, 2011  

é porque assim não precisa pagar o prêmio...
tudo bem que não se construa, isso não seria novidade, e já aconteceu em outras ocasiões (como o próprio MEC aqui no Rio, ou a Potsdamer Platz que até ser definida passou por 3 concursos), mas o vencedor deveria ser anunciado!
isso está com cheiro de calote!

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